A termografia cutânea é uma técnica de medição de temperatura da pele por radiação que utiliza câmeras térmicas para capturar imagens digitais. Essas imagens registram dados de temperatura com maior precisão em conformidade com suas caraterísticas técnicas como a resolução IV ou a sensibilidade térmica entre outras.
As imagens podem ser processadas e analisadas para detectar disfunções térmicas que revelam eventuais patologias ou alterações fisiológicas. Esta análise pode ser estática (analise de um momento sob controle de condições ambientais) ou dinâmica (como testes de provocativos, ou monitoramento no tempo).
As câmeras da marca Flir são uma das principais marcas de câmeras térmicas utilizadas no mundo inclusive para esse fim, devido à sua alta resolução e precisão. Enquanto um termômetro de contato verifica um único ponto de contato, a imagem térmica fornece um mapa bidimensional de vários pontos de temperatura que permite um entendimento mais completo da termorregulação.
Metabólica, de dor e SNA.
Aumenta a complacência do paciente.
Exame seguro, não invasivo e sem radiação.
Com muita alegria, a Poliscan realizou mais uma entrega de câmera termográfica para o LabTerm – Laboratório de Termografia da UFPB!
O LabTerm desenvolve pesquisas relacionadas com o uso da termografia na avaliação e monitoramento do exercício e também na aplicação dos recursos fisioterapêuticos em disfunções.
A Dra., que é especialista em equinos, recebeu a câmera em mãos, com entrega técnica como sempre fazemos. Ela havia realizado o curso do Instituto Bioethicus e tinha muito interesse em termografia para aprimorar seus exames e diagnósticos. Hoje ela utiliza a termografia conciliada com diversos outros exames da sua rotina clínica.
Uma técnica de ensaios não destrutivos utilizada para registrar em imagens radiométricas a temperatura e a sua distribuição em superfícies.
A descoberta da radiação infravermelha é atribuída a Willian Herschel, um astrônomo, antes do século 19. O William Herschel tentava descobrir quais as cores do espectro que eram responsáveis pelo aquecimento de objetos, usando um prisma para refletir a luz do sol, conclui que a temperatura aumentava a medida que a luz passava da cor violeta para a vermelha, e a maior temperatura ocorria na faixa do além do visível, sobre o qual Herschel nomeou de raios caloríficos, são hoje conhecidos como raios infravermelhos.
O John Frederick William Herschel conseguiu registrar o infravermelho através de uma técnica de evaporografia no século 18. Foi entre os anos 1916 e 1918 que o inventor Americano, Theodore Case, obteve maiores avanços. Ele fez experimentos com detectores de fotocondução e conseguiu produzir um sinal através da interação direta com fótons, obtendo assim resultados mais rápidos e sensíveis. Já nas décadas de 40 e 50, essa tecnologia se expandiu consideravelmente, devido às aplicações militares. Nesse mesmo período os cientistas Alemães descobriram que era possível aumentar o desempenho através do resfriamento do equipamento. Na década seguinte essa tecnologia começou a ser aplicada ao uso civil, possibilitando assim seu aperfeiçoamento e consequentemente a utilização em setores industriais. Rápidos avanços na tecnologia foram observados a partir de 1970. Detectores de resfriamento criogênico evoluíram para resfriados eletricamente e, em seguida, para detectores sem resfriamento. Os sistemas de varredura ópticos mecânicos foram substituídos pela tecnologia de FPA (Focal Plane Array), o peso que nos anos 70 chegava próximo dos 40 kg diminuiu para menos de 2 kg, as leituras de temperatura passaram a ser mostradas diretamente no monitor do Termovisor e a sensibilidade térmica aumentou consideravelmente. Após a guerra do Iraque, com o amplo uso da termografia, o uso da termografia clínica começou a ter mais força e a partir do ano 2000 temos câmeras portáteis cada vez mais acessíveis para o uso clínico.
Em artigo publicado no ano 1934 pelo J.D. Hardy com título “The radiation of heat from the human body” temos a primeira vez que é comprovado que a pele humana emite calor no espectro infravermelho. As primeiras pesquisas na área de saúde humana foram realizadas pelo médico militar canadense Ray Lawson que tinha acesso a essa tecnologia restrita aos militares, gerando assim os primeiros artigos publicados na década de 50.
Exame funcional que registra a luz infravermelha emitida pelo corpo, mensurando e visualizando mudanças de temperatura corporal relacionadas à alteração no fluxo sanguíneo ou outros processos de termorregulação. Pode ser um exame estático em posições padrão executado sob um protocolo de controle ambiental ou dinâmico após provocação de um processo fisiologico.
Na termografia estática para a obtenção de imagens de infravermelho padronizadas na prática médica , devem ser seguidas as seguintes recomendações gerais: O ambiente do exame deve ser com controle de temperatura ambiental em 23º C e com umidade relativa menor que 60%; A área a ser examinada deve permanecer descoberta e é fortemente aconselhável que toda a roupa deve ser removida; Há um período de 10 a 15 minutos em repouso de pé para a estabilização térmica do paciente sem roupa. O paciente deve evitar: Banho demorado e com água muito quente; Fisioterapia, massagens, caminhadas prolongadas, sauna; Evitar, se possível, ter barba e pêlos corporais para a melhor obtenção do resultado; Não realizar depilação 24 horas antes do exame; Refeições copiosas, preferir fazer o exame após 1 hora da última refeição; Ingerir chá, café, chocolate quente até 1 hora antes do exame; Usar roupas apertadas; Confere todas as recomendações de preparo na pergunta específica.
Não existe nenhuma limitação no uso da termografia, requisito indispensável é concluir um curso de treinamento na sua respectiva área de atuação. Não há impedimento para a participação de diversos outros profissionais na realização dos exames, desde que a conduta de cada profissional esteja de acordo com as normas do seu respectivo conselho.
O uso de câmeras de termografia não é restrito a alguma especialidade ou regulamentado por alguma lei ou norma. Existem cursos de capacitação técnica de termologia para vários usos como na engenharia, ou construção civil, segurança, produção industrial, veterinária etc. Um médico veterinário ou cientista pode usar uma câmera de termografia, e realizar avaliações na sua área de atuação/pesquisa sem problema algum.
Pode visitar o site da SOLATERM, Sociedade de termografia na America Latina ou perguntar nossa equipe. Podemos enviar material relacionado sem compromisso.
Na escolha de uma câmera adequada, existem várias características técnicas que podem impactar na decisão. A resolução térmica (não confunde com resolução do visor ou da lente fotográfica embutida na câmera) deve ter 76.800 pixels mínimo de acordo com várias publicações de artigos e as normas ISO e IEC relacionadas. A marca Flir – Teledyne por ser líder de mercado mundial, costuma ser mais utilizada em artigos. Deve procurar um distribuidor na área de saúde para orientações sobre as características dos modelos atuais de acordo com suas necessidades.
Na escolha de uma câmera adequada, deve procurar um distribuidor que atende a área de saúde veterinária (A Poliscan é a única distribuidora no brasil para a marca Flir) para te orientar sobre as características dos modelos atuais de acordo com suas necessidades. Nas câmeras FLIR os modelos da série Exx são mais populares entre médicos veterinários.
Na escolha de uma câmera adequada, deve procurar um distribuidor na área de saúde para te orientar sobre as características dos modelos atuais de acordo com suas necessidades. De acordo com a modalidade do esporte certas características como o FPS, resolução térmica, ergonomia e portabilidade podem fazer uma grande diferença no desempenho da coleta.
O uso da termografia de infravermelho pode beneficiar diversas especialidades médicas, porque reflete um sinal fisiológico básico, a temperatura. Uma mudança de temperatura tanto mais elevada ou mais baixa pode indicar importantes alterações fisiológicas desde que sabemos os limites fisiológicos. Pesquisas na área de saúde existem na avaliação do risco de câncer da pele ou distúrbios da tireóide; Avaliação funcional do sistema neurovegetativo simpático; Distúrbios inflamatórios, imunológicos, hormonais; Síndromes dolorosas toraco-abdominais viscerais; Ulceração em pé diabético ou úlceras de escaras; Neuropatias periféricas e centrais; Distúrbios microvasculares do corpo humano; Insuficiência arterial periférica; Dores miofasciais, neurológicas; Vasculites, varizes, varicocele; Lombocervicobraquialgias; Acidente vascular periférico; Reperfusão de órgãos transplantados como: rins, coração, fígado; Mapeamento da atividade vasomotora em síndromes dolorosas; Avaliação de estresse em pacientes no centro cirúrgico; Avaliação de flaps cutâneos em cirurgia plástica; Avaliação e monitorização de lesão de tecidos moles: cotovelo de tenista, síndrome do túnel do carpo, miopatias, pontos gatilho, compressão de raízes nervosas; Testes de drogas anti-inflamatórias e vasoativas; Acompanhamento da evolução dos pés de diabéticos; Lesão do esporte e do trabalho LERDORT; Distúrbio de ATM; Diferenciação das síndromes dolorosas complexas; Síndrome dolorosa complexa regional; Distrofia simpático reflexa; Síndrome fibromiálgica; Diferenciação entre fibromialgia e síndrome miofascial; Síndromes Miofasciais (dores musculares lombares, torácicas, cervicais, dos braços, antebraços, coxas, pernas e ombros); Neuropatias periféricas (Polineuropatia diabética, Síndrome do Túnel do Carpo, Neuropatias traumáticas, Neuropatias pós-herpéticas e Síndrome Complexa de Dor Regional); Radiculopatias (Hérnia de disco lombar e cervical); Mielopatias (Traumatismo raquimedular e compressões tumorais medulares); Disfunção miofascial; Tendinopatias; Dores pós Acidente Vascular Cerebral (AVC); Disfunção da articulação temporo-mandibular e outras dores oro-faciais; Investigação de Cefaléias (Dores de cabeça); Artrites, Tendinites, Bursites e Fascites Plantares; Diferenciação entre artrite e artrose; Acupuntura termoguiada.
Quem deseja realizar exames de termografia clínica, necessita: – uma câmera infravermelha, de no mínimo 76.000 pixels – ter um software para elaborar imagens termográficas e criar relatórios (hoje existem soluções até com Inteligência artificial) – uma sala com condições de controle ambiental (temperatura, umidade) com uma distância ideal de 4 a 5 metros entre a câmera e o paciente – ter um termo-higrômetro – ter um tripé ou robôterm – realizar um ou mais cursos de termografia na sua área
A termografia é um exame não invasivo, indolor e não emite nenhum tipo de radiação. Não pode gerar nenhum efeito colateral. Portanto pode ser usado até em crianças, idosos e grávidas. A Termografia pode ser repetida quantas vezes for necessário, sem risco ou dor para o paciente.
Os pacientes devem seguir as seguintes recomendações antes de um exame de termografia: Evite expor-se excessivamente ao sol; Não se submeta a massagens; Evite atividades ou terapias que aqueçam ou esfriem demasiadamente o corpo; Não realiza atividade física corporal intensa; Evite banhos muito quentes no dia do exame; Não use cremes, pomadas, filtro solar ou maquiagem no dia do exame; Não use cosméticos (hidratantes, desodorantes, perfumes, etc,…); Não usar sutiã ou roupas muito apertadas no dia exame; Deve remover a barba e aparar pelo no corpo antes do exame, mas não deve se depilar 24 horas antes; Consultar a suspensão de remédios com o médico (analgésicos, anti-inflamatório, calmantes, , medicação para tireoide, etc).
Não fumar; Evitar a amamentação; Não ingerir bebidas estimulantes (cafeína, alcoólicas); Não se depilar ou barbear; Evitar refeições copiosas, preferir fazer o exame após 1 hora da última refeição; Não usar descongestionantes nasais; Retirar aparelhos imobilizadores; Consulte com o médico se seria melhor usar lentes invés de óculos.
Durante o período de estabilização térmica: Evite tocar o corpo, sentar ou coçar-se; Encostar-se na parede; Mascar chicletes ou bombons; Conversar com acompanhante. Paciente deve se despir e aguardar por um determinado tempo até iniciar o exame
As imagens térmicas são captadas com uma câmera termográfica. No mercado existem vários produtos, mas para a termografia clínica uma câmera deve ter 320 x 240 (76800) pixels ou mais. Outras características são a precisão térmica em milikelvin (mK) e a exatidão na medição da temperatura, ou seja, qual é a margem de erro da medição em um ponto. Aviso: Câmeras com menor resolução tem alto falso positivo e podem levar a erros de interpretação.
A emissão de calor da superfície do corpo humano é um processo dinâmico que pode ser alterado em diversos estados patológicos. A termografia, por ser um método que capta e registra a temperatura do corpo humano, permite a detecção de alterações fisiológicas de grande importância com reprodutibilidade. Assim pode auxiliar na detecção precoce de problemas de saúde, na terapêutica e no monitoramento de tratamentos. Ao contrário de outros métodos de diagnóstico de imagem, a termografia é uma avaliação funcional e não anatômico. Detecta alterações fisiológicas como disfunções ou revela o desequilíbrio do Sistema Nervoso Autônomo e mostra áreas de dor, que são invisíveis para outros métodos. Existem inúmeras pesquisas comprovando a importância preventiva em lesões nos esportes.
Sendo a termografia, utilizada para se analisar a distribuição térmica e medir temperaturas de objetos através da detecção da radiação infravermelha, e que todos os objetos acima do zero absoluto (0° K ou -273,16°C) emitem radiação térmica devido à agitação de átomos e moléculas dos quais são constituídos, é importante se revisar conceitos básicos relacionados a aplicações físicas, principalmente relacionados a calor, temperatura e os métodos de condução de calor (ARAUJO; BARBOSA; SINISCALCHI, 2008;FLUKE, 2009; SANTOS, 2006). A primeira lei da termodinâmica diz que quando um trabalho mecânico é transformado em calor, ou quando o calor é transformado em trabalho, a quantidade de calor e de trabalho é sempre equivalente, sendo que um produto derivado de praticamente qualquer conversão de energia é o calor ou energia Térmica (FLUKE, 2009, p. 19)
Nicolau, Ramalho e Toledo (1999) afirmam, “todos os objetos estão irradiando (emitindo) calor continuamente. No equilíbrio térmico, a potência irradiada ou emitida por um objeto é igual à potência que ele absorve, na forma de radiação, dos objetos vizinhos”. Afonso (2010, p. 4) define “a emissividade mede a capacidade de um corpo emitir energia” e destaca os seguintes aspectos relacionados a esta propriedade: Corpo Negro: Um objeto capaz de absorver toda a radiação que incide sobre ele em qualquer comprimento de onda. Nenhuma superfície emite mais radiação IV que um corpo negro à mesma temperatura. Corpo Real: As superfícies só são capazes de emitir uma determinada parte da energia. O parâmetro que determina a capacidade de emissão é a emissividade. Emissividade da superfície: Capacidade do corpo para radiar energia na banda infravermelha. O tecido Humano (pele) tem emissividade da superfície 0,98.
A imagem térmica consiste de um arquivo digital similar a uma fotografia com pixels que contém os dados de medição e é denominado termograma, que é a representação gráfica dos valores térmicos obtidos pela câmera de infravermelho. Um termograma contém os seguintes itens: Corpo; Fundo; Escala colorida ou em tons de cinza; Temperatura máxima e mínima; Range; Span; Sensibilidade.